Sabe aquela vela de aniversário que a gente cansa de assoprar e ela sempre acende de novo? Pois de mágica só tem o nome, o mistério do seu funcionamento é pura química. Duvida? Então, acompanhe...
Para que algum objeto queime e surja o fogo, três componentes são indispensáveis: oxigênio, combustível e energia. No caso, por exemplo, de uma floresta incendiada, o combustível é aquilo que pega fogo (a madeira das árvores, as plantas e folhas), o oxigênio está presente no ar atmosférico, e a energia que desencadeou o fogo pode ser fornecida pela chama de um cigarro que alguém jogou para fora da janela do carro.
A vela comum é composta por duas partes: a cera e o pavio. Quando acendemos o fósforo e colocamos fogo nesse pavio, que é feito de algodão, instantaneamente o calor derrete a cera. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o combustível dessa queima não é a forma líquida ou sólida da cera, mas sim o seu vapor. Assim, o algodão do pavio, que é cheio de pequenos poros, absorve o vapor da cera para que ele não deixe a chama da vela se apagar. Pelo menos até que alguém a assopre.
No caso da vela mágica, o pavio de algodão tem no seu interior o magnésio, que é um metal que inflama a uma temperatura bem baixa. Assim, mesmo quando a vela é assoprada ainda resta energia suficiente para que o magnésio queime. Por sua vez, a queima do magnésio produz energia suficiente para que o vapor da cera também inflame, e como resultado desse troca-troca de energias, a vela mágica reacende. Haja fôlego!