Temos observado o grande esforço para se criar recursos que garantam a manutenção, ampliação e crescimento do trabalho desta instituição. E diante da pequena fonte de renda que a mantém, é quase impossível não pararmos para refletir sobre o seu futuro e sua descontinuidade.
A quem mais o universo faria este convite, este chamado de co-responsabilidade, senão a nós? Somos frequentadores e beneficiados, ligados direta ou indiretamente a este grande objetivo que é o de facilitar a aproximação com a nossa essência divina, através da auto transformação de cada um, e em consequência, do mundo ao nosso paraíso tão próximo que é a Fazenda Mãe Natureza. Esse lugar precisa ser amado e preservado por nós, que somos acolhidos por ela, ainda que por pouco tempo, exaustos deste mundo, e que aqui trocamos nossas energias e sentimos fluir novos sentimentos de alegria tranquilidade e paz. É necessário que nos empenhemos com todas as nossas forças na concretização deste grande ideal. Desta forma, sentimo-nos impelidos a pensar acerca de ofertas e fidelidade com o costume maravilhoso e enriquecedor para nossas vidas, chamado "Donativo de Gratidão".
Sentir impulso para fazer uma doação revela íntima ligação com o coração de Deus a ponto de permitir que seja dada a visão de responsabilidade concreta com a sua obra.
Toda oferta deve ser livre, um gesto de agradecimento e de amor por tudo que Deus faz em nossa vida. Cada um poderá contribuir com a quantia que deseja de acordo com a sua consciência, só ela pode ser nosso juiz, percebemos que este trabalho humanitário requer muita coragem e sacrifício. Somente com espírito de solidariedade reconheceremos que toda, ou quase toda responsabilidade, está nas mãos de poucos. É sinal de que muitos não despertaram para este chamado. É o momento de unirmos forças e, com profunda gratidão, acolheremos os sentimentos de prontidão e generosidade. Repartindo as atividades, o problema financeiro, as despesas, enfim, somando estamos fazendo o trabalho de muitos. Nesta bonita obra de Deus, é preciso que sejamos atuantes para que ninguém precise cobrir a minha falta.
Que o exemplo de cada um mobilize a ajuda de outras pessoas a não só praticar o donativo de gratidão, como também a partilhar outrosbens e dons com a nossa comunidade, nesta grande reforma do mundo e do interior de cada um de nós. Vamos ficar atentos a todos os apelos de Deus,. Sinto que ele nos convida a fazer esta experiência de vida.
Somos convidados a fazer parte deste grupo de obreiros, não com o intuito de apenas ajudar, mas com a reta intenção de vê-lo cescer, no libertar e nos sentir como "um barro nas mãos do oleiro"
Tem caminhos que ficam mais fáceis de trilhar, damdo-nos as mãos. Muitos, náo ofertam por insegurança. Colocam sua confiança no poder do dinheiro. Dinheiro é uma energia, não podemos prender nela nosso coração. O desapego nos liberta, elimina avareza e nos coloca em sintonia com as imensas riquezas do universo. Desperta nossa confiança em Deus, e assim nos abandonamos totalmente em suas mãos. Tudo que possuímos vem dele. Agradecendo pelos dons e bens recebidos, nunca estaremos dando uma esmola, ou apenas o que nos sobra, mas despertando o nosso espírito de colaboração e serviço. Está na hora de cada um fazer sua opção. Com consciência, egaje-se, seja mais um, ou seja o primeiro.
Acreditamos que é dever de todos agradecer a Deus de uma forma concreta, não apenas por palavras. Seremos alguém que diante de uma necessidade de um grande trabalho, o universo nos abastecerá em abundância, pois saberemos que podemos contar e confiar. Se é certo que recebemos tudo desta fonte fecunda, é justo que ofereçamos algo concreto para a realização de seus planos. Não devemos esperar que nossas condições sejam perfeitas, o esforço, a participação, a sintonia com essa energia geradora ajudará a nos aperfeiçoar. Segundo a palavra do apóstolo São Paulo, somos membros de um só corpo, cada um deve se sentir responsável pelo corpo todo; especialmente na parte que está inserido, pois se não amamos e colaboramos com o que vemos, como podemos dizer que amamos e estamos conectados com o que não vemos?
O amor por um grande trabalho de Deus revela maturidade, oferecer a sua manutenção com alegria, espontaneidade e consciência é ser uma pessoa responsável que deixou o egoísmo e aceita caminhar de mãos dadas. Vamos fazer, passo a passo, esta caminhada de fé. Pensem inicialmente em contribuir com o mínimo, diante das imensas bençãos que recebemos de Deus. Conforme for sendo capaz, aumente. É uma questão de consciência, espírito de desapego ao dinheiro e gratidão ao pai.
Teremos prestação de contas mensalmente afixadas no mural da Fazenda, saberemos o que entrou e todos poderão saber como foi empregado o dinheiro. Estando esta responsabilidade por conta dos voluntários, sobrará, para o idealizador, mais tempo e tranquilidade para suas dedicações e missão de promoção dos seus irmãos.
Como nunca houve fins lucrativos, advindo a leveza na sustentação e manutenção, seremos todos agraciados e estaremos sintonizados com a infinita vontade de Deus. Nesta busca do auto conhecimento, inevitavelmente um dia nos depararemos com a avareza comum, a todo homem. Tentemos não recuar ou perder a nossa fé, só porque será preciso colocar "a mão no bolso". Vamos no comprometer e ter espírito missionário para conservar o que conseguimos até aqui.
Por força de conceitos e preconceitos, falar de dinheiro não é coisa agradável, mesmo quando precisamos dele para tocar tão grande trabalho. O apóstolo Paulo desenvolveu um precioso estudo sobre a graça de DAR, em Corínthios II, cap. VII e VIX. Ele dá orientações seguras para todos aqueles que desejam prosperar e ter uma relação saudável com os bens materiais. Para Paulo e para a primeira geração cristã, ofertar era grande graça concedida por Deus. A contribuição não era vista como gesto do homem, mas do fruto do próprio Pai, agindo em seu ser para capacitá-lo a entrega de si mesmo.
Infelismente, nem sempre possuir bens significa ser capaz de gestos de desprendimento para com a obra de Deus. Vamos tomar a decisão de treinar o desapego, estando a situação financeira boa ou má. A atitude de quem crê deve ser a de prontidão e generosidade.
É uma ação divina que leva o seu seguidor a demonstrar a sua gratidão por tão grandes graças e um gesto de real entrega em favor do outro. Assim procedendo saberemos de fato a quem servimos.
Não existe verdadeira mudança e interiorização, se não observarmos a forma como lidamos com os bens materiais. Se não vivemos estas experiências na generosidade do DAR, correremos o risco de estimular uma crença muito voltada para o material. Vamos dar generosamente da generosidade divina. O resultado inevitável será cada vez mais prosperidade. A colheita depende de uma correta semeadura. Somos incentivados a nos ver como o agricultor que deseja colher os melhores resultados em sua plantação. Para tanto é preciso saber dar, do mesmo modo, como tudo é dado por Deus.
No mundo físico investimos no melhor, porque não agimos assim na vida espiritual? Nossa conduta pode revelar falta de confiança na Providência Divina. Nossos gestos revelam nosso grau de elevação espiritual, por se tratar de um fluir do amor de Deus em nossos corações. Vamos proceder como aquele administrador que presta contas ao dono da obra. O resultado não é para quem se sente ajudado neste trabalho, mas principalmente para quem contribui pois o efeito espiritual do bem realizado. A pessoa feliz, agradecendo a Deus, está também derramando bênçãos sobre nó. Quem se imagina dono dos bens materiais, colocados aos seus cuidados, sempre terá dificuldade de se ligar a um trabalho de importância na Grande Obra do Nosso Pai. Afinal, são tantas preocupações com a manutenção pessoal, familiar, diversão, saúde, estudo... e tantas outras área. Devemos cuidar de todas estas dimenções da vida, não daremos ofertas, mas devolveremos a quem de direito pertence. Não existem situações diferentes de acordo com as circunstâncias, mas unicamente esta verdade. Para aquele que crê não há diferença em pagar um doce no supermercado ou não pagar, cabular uma aula, realizar de má vontade o seu trabalho, causar um prejuízo financeiro a alguém ou realizar uma falta. Daí a necessidade de ser um instrumento de Deus para uma mudança de mentalidade quanto a um trabalho voluntário ou forma de ganhar dinheiro. O desafio é comprometer-se com tempo e dinheiro para que se cumpra esta grande missão.
"Não que eu procure o donativo, mas o que realmente me interessa é o fruto que aumenta o vosso crédito". (Carta de Paulo aos Felipenses cap. IV vrs. 17)