“ O Dharma em Perigo”, de Sri T. M. Janardana, Terceira Autoridade Iniciática Externa do Suddha Dharma Mandalam. Recordamos aos nossos leitores que as advertências lançadas por ele neste texto, conhecedor que era da história e das possíveis trajetórias da raça humana neste planeta, foram feitas na primeira metade do século passado. Cabe a nós agora (2005) avaliar a situação mundial de nossos dias: o advento de doenças sexualmente transmissíveis como a AIDS e outras, de várias má formações genéticas, o acirramento dos conflitos no Oriente Médio, os esforços da ONU, as distorções morais e éticas, o rompimento da camada de ozônio no globo terrestre, o aumento descabido da violência, a destruição paulatina de ecossistemas e outros pontos de colapso planetário. Tendo em vista esses pontos podemos compreender como urge reativarmos nas mulheres do planeta a lembrança de seu papel na correção dhármica mundial.
Ousamos repetir aqui e agora a conclamação feita por Sri Janardana em meados do século passado, ou seja, o convite para nos arregimentarmos no sentido de transmutar as forças asúricas e fortalecer as raças de todo o mundo com ações de preservação para usufruto das gerações futuras.
Que a energia da Mãe Divina derrame em todos nós a força necessária nesta transição planetária.
NAHAM KARTHA
NAHAM KARAGITA
D H A R M A EM P E R I G O
Sri Janardana
O supremo reinado das forças asúricas.
Um apelo às mães atuais e futuras1
Por toda parte e em todos os continentes neste momento histórico, está acontecendo em nosso planeta a supremacia da mais densa obscuridade. Trata-se do reinado das forças asúricas2. Esta afirmativa não pretende agravar o estado de justificada apreensão que o momento presente inspira nas pessoas. 0 seu propósito é alertá-las sobre os perigos que essas forças representam. Objetivando a proteção dessas pessoas, daremos a conhecer o que constituem essas forças, quais as suas causas e os seus efeitos e o que representam as forças dévicas3 ou divinas, que lhes são opostas.
Esse conhecimento será útil a todas as pessoas. Sua utilidade, porém, é mais acentuada para aqueles que, convencidos de possuírem soluções adequadas para os problemas atuais, dizem também terem encontrado fórmulas milagrosas para salvar a humanidade. É preciso que esses "salvadores" do mundo saibam que não podem deixar de conhecer, com profundidade, a causa do surgimento e os mecanismos de operação dessas forças. Sem isso, não poderão obter êxito nos seus propósitos.
A causa do surgimento dessas forças asúricas é bem mais profunda do que se imagina. Ela não se origina na decadência econômica, social ou política dos nossos dias.
Essa causa também não tem sua origem situada no plano metafísico espiritual ou psicológico.
Ela tem sua origem situada no plano físico mais elementar: esta é a verdade. Ninguém, em sã consciência, poderá negá-la.
Exige-se porém discernimento e coragem para se reconhecer, aceitar e agir em conformidade com essa verdade. Isso, contudo, não deve nos paralisar. O esclarecimento sobre este tema, embora possa não apresentar imediatamente os seus resultados positivos, contribuirá muito para que as futuras gerações possam melhor se proteger.
Esses resultados positivos ficarão devidamente assegurados se, desde logo, começarmos com sinceridade e empenho, a melhorar a qualidade de nossos propósitos e ações.
Não podemos deixar de salientar que um esforço nesse sentido deve ser realizado, apesar de sabermos que presentemente o homem está em um grau de envolvimento tão grande com as coisas ilusórias deste mundo que é quase impossível deixar-se conduzir pelos conhecimentos superiores de sabedoria do gênero humano. É a própria História que nos demonstra essa triste realidade.
Desde o início da criação tanto a força asúrica como a dévica movimentam o mundo, embora no perpassar dos tempos, disputem entre si o predomínio de uma sobre a outra. Elas têm coexistido em regime de mútua tolerância. Não podemos afirmar que a força asúrica é sempre má e que a força dévica é sempre boa. Nem também podemos dizer que elas é que administram o Princípio de Vida dos indivíduos.
A verdade é que a Asura-Bhava4 é de manejo mais fácil do que a Devi-Bhava. Em razão da necessidade de manter-se o equilíbrio entre as duas é que as Encarnações Avatarapurushas5 escolhem Devi-Bhava.
A Asura-Bhava se expressa em Pravriti6 ou movimento para fora. Sua característica central é uma inata e natural escravidão à criação e uma capacidade de deteriorar-se e vencer suas próprias formas.
A Devi-Bhava manifesta-se em Nivritti ou movimento para o interior. Sua característica é conduzir à libertação.
Sabe-se que são as forças asúricas que causam a infelicidade, a destruição e a miséria no planeta. Daí a necessidade não só de identificar as formas por meio das quais elas se manifestam como também de conhecer-se a sua causa remota e sua constituição.
Em nenhum lugar elas estão mais bem descritas e detalhadas do que no livro dos livros, na magnífica e sublime revelação autorizada7, a Srimad Bhagavad Gita. Esta é a mais antiga obra que trata dos assuntos relativos a este e ao outro mundo.
Ao falar da Gita, abrimos um parêntese para dizer que não tem nenhum fundamento as críticas caluniosas que alguns pretensiosos hindus estão dirigindo contra esse livro sagrado, não só aqui na Índia, mas também em outras partes do mundo. Uma conduta dessa natureza por si só caracteriza a ignorância de seus autores.
Como esse texto sagrado é sublime demais para ser atingido por tais controvérsias, poderíamos muito bem ignorá-las. Não faremos isso, porque julgamos oportuno lançar uma advertência. Apesar da natureza secular da Gita, é dever da Índia refrear a ação desses homens imprudentes.
A Gita não é apenas um livro religioso dos hindus. É um texto universal sobre o micro e macrocosmos, que foi revelado para o benefício de todos os seres humanos.
Esta sublime revelação constitui um tesouro espiritual que foi depositado no coração deste planeta. É nosso dever, por conseguinte, preservá-lo, não permitindo que em nome dele se pratiquem equívocos.
Com essa advertência fechamos o parêntese.
A Gita classifica as forças asúricas em três tipos: Daytya, Danva e Rakshasa.
Essas forças são mencionadas como sendo aquelas que afligem o Dharma-Yada e o Dharma-Prapadyae.
O Dharma8 é aquele poder inato de auto-proteção em cada um e em todos os seres.
Quando inteiramente observado e vivido dentro das esferas da reta conduta e da renúncia (prabhava e anyaya) resulta na posse de prosperidade e alegria. Essa vivência constitui um longo e profundo processo e é adotada pelas pessoas de natureza dévica.
A natureza asúrica é, em essência, vinculada a atividades inferiores. Ela tem como conseqüência a manifestação de formas nocivas com a finalidade de molestar o Dharma e trazer ao mundo a destruição (lokakshayakaraha).
O tipo asúrico conhecido como Daytya é ateísta ou ateu em sua natureza (não crê em Deus). Defende a irreligiosidade e a desconfiança nos outros e tem como meta de vida os meios ou fins materiais. A ciência dos dias atuais tem feito este papel9.
Os constituintes físicos dos quais a espécie Daytya emana, estão no termo Ditti, que é assudha-prakriti, isto é, matéria impura10 que, em outras palavras, pode ser chamada de materialidade egocêntrica.
0 tipo Danva soma-se ao tipo Daytya e contribui para uma excessiva preponderância da incompreensão. Mediante a difusão da violência e da agressividade, o seu papel é instabilizar a fé na divindade e a desconfiança nos outros.
Rakshasa é o nome dado para aquela tendência cruel que sente prazer em atormentar, torturar e, ainda, gracejar dos outros.
Essas características estão presentes nos seres humanos, individual e coletivamente. Elas são responsáveis pelas histerias e tensões nervosas das massas. Ainda determina o progresso do que "graficamente" é chamado de guerra-fria, como uma preliminar para a guerra-quente.
Essa é a causa do completo caos e confusão reinantes no mundo de hoje. Dentro desse contexto, aparecem os mecanismos de propaganda e marketing dos dias de hoje, com as suas chamadas ideologias para o aperfeiçoamento humano, que infelizmente empregam influências perniciosas, fomentando rebeliões e cometendo atrocidades em nome da religião, da política, da economia e daí por diante.
Em razão dessas influências, o homem não é responsável por grande parte das ações boas ou más que executa, pois nem sempre elas refletem a presença ou ausência das tendências de desejo dentro dele.
A influência da educação é da mais alta importância. Uma educação correta, portanto, é remédio eficaz para neutralizar o mal.
A educação horizontal não corresponde a uma educação integral. Para ter êxito, o processo da educação deve ser executado com muita constância visto que as características asúricas são naturais nas crianças e congênitas nos homens.
Quando a educação é aplicada com eficiência, proporciona bons resultados. Não posso me calar a respeito e devo declarar que a permissão de promiscuidade na vida sexual, em completo desprezo o tempo, lugar e personalidade, é a única causa para o advento dessas características asúricas nos seres humanos.
Essa permissividade excessiva, infelizmente, é uma probabilidade no casamento. Urge, pois, expulsá-la, já que ela representa um enorme risco.
De acordo com a Gita, uma reprogramação divina é considerada solução adequada para uma completa exterminação dessas características nos indivíduos e raças. Como resultado da aplicação desse programa, a causa, que esta dentro de nós, será erradicada e, com ela, as manifestações exteriores.
Para essa finalidade é que os Anciões fizeram a codificação do que é conhecido como Samskaras11 ou ritos sacramentais para geração de uma prole divina ou dévica. O homem nasce com o corpo impuro12. A purificação necessária para progresso na vida divina, que não implica na abstenção de paz e abundância neste mundo, é conseguida apenas pela prática ininterrupta destes Samskaras (Sacramentos)
As crianças vindas de pais casados de acordo com esses ritos, geralmente são dévicas, tendo em vista que os pais sabem regular a vida sexual. Se os pais são de natureza asúrica, isso poderá destruir completamente a adequada e correta educação dos filhos.13 A educação é também considerada um Samskaras, como é o casamento.
O objetivo do Samskara do casamento é purificar os descendentes e o seu campo de ação para que disso resultem crianças divinas (puras, cristalinas).
A procriação é encontrada igualmente nas bestas e nos homens.
Os Samskaras é que dão o selo de diferença entre a bestialidade e a humanidade, pois os homens se entregam exclusivamente ao divino.
Um detalhado conhecimento destes Samskaras não pode ser dado aqui, obviamente. Aqueles que desejam conhecê-los e estão preparados para executá-los e para seus resultados, podem estudar os tratados em sânscrito de Sri Hamsa Yogui ou em suas versões inglesas. Esses purificadores Samskaras estão ao alcance de todos neste Yuga14.
O casamento simplesmente registrado no direito civil não é casamento no sentido exato do termo. O fato de ser válido para o exercício do direito de herança e outros não contradiz essa afirmativa. Não podemos desconhecer que esse tipo de casamento surgiu no ocidente trazido pelas forças asúricas. Afirmar-se que o casamento é apenas um contrato civil é o cúmulo da tolice e da ignorância. O que se pretende com tal afirmativa é conseguir licença para acomodar a indiscriminada indulgência sexual dentro da estrutura da lei. Este foi o modo que os legisladores escolheram para dispensar cuidados aos seres humanos que estão sob a égide das leis que eles criam. Essa certamente será a herança profana do ocidente. Para essa situação não permanecer é preciso que se combata, agora e no futuro, as forças asúricas que, já no momento, se encontram no ocidente.
Os casamentos não sacramentados não podem ser reconhecidos. Isso porque o casamento não é um simples contrato civil, mas algo de valor muito mais nobre e elevado. Os Samskaras devem ser conferidos convenientemente a todos os seres. A “moralidade” sexual será assim harmonizada. Assim teremos forças divinas para atuar em nosso planeta agora e no futuro.
As mulheres são as que mais sofrem com o resultado da ação dessas forças vis. As forças asúricas trazem distúrbios sociais, guerras, violência e destruição ao planeta. Cabe às mulheres, pois, mais do que aos homens, compreender e se antepor a essas forças. Assim deverão proceder se quiserem preservar ao mínimo a futura geração. Isto porque elas são as mães das novas crianças que nascem na terra.
Mais do que os outros deveres, este deverá ser o principal dentro das suas atribuições. Esse dever feminino poderá ser exercitado com inteligência para proporcionar uma completa aprendizagem no planeta.
Também a grande probabilidade de uma guerra mundial, com suas conseqüências indesejáveis, deve estimular nas mulheres o cumprimento desse dever. Esse conflito é apenas um dos resultados desastrosos da permitida promiscuidade na vida sexual, a qual se concretiza sob vários rótulos e faz resultar a concepção de crianças asúricas.
Trilhando o Dhármico caminho da vida e protegido pela vivência dele, transmutaremos essas forças e protegeremos nossas crianças.
As mulheres são conhecidas como as verdadeiras Zeladoras do Dharma, por serem elas as Mães da Essência Divina nas crianças. Por isso é que elas são elogiadas como Dharma-Patnis deste mundo. Este é um termo de adoração para as mulheres que elas nunca devem abandonar. Ai deste mundo se isto se perder...
Por tudo que foi dito, permitam-me dobrar os joelhos e pedir as mães atuais e futuras que ajudem a preservação de si mesmas e que contribuam para uma preparação à altura da terra, não praticando, atos descuidados. Somente assim poderá ser evitada uma má situação no futuro.
As condições presentes são conseqüências imediatas de nossas ações passadas e o propósito de vencê-las é uma vontade elevada e nobre. Se houver certos nascimentos haverá aflição no planeta15.
A experiência deverá estimular as percepções daqueles que sobreviverem para fazer o possível em benefício do futuro.
Mais do que aos homens é confiado às mulheres a salvação do Dharma. Façam o possível para conquistar essa salvação!
Não cedam vitimadas pelas tentações vis dos homens que lhes dizem de seus cuidados e deveres. Recusem-se a serem mães de crianças asúricas. Não recorram ao uso de métodos de controle da natalidade que causem a destruição dos seus nervos.
Exerçam o autocontrole que lhes foi concedido e mantenham os homens numa rígida inspeção. Submetam-se aos purificadores atos dos Samskaras e unam-se aos homens unicamente depois destes ritos sacramentais.
Organizem-se em centenas e milhares e não se sintam acanhadas de ensinar às suas irmãs os benefícios da purificação Samskarica no casamento.
Inquiram a esse respeito caso não conheçam. Fazendo isso de imediato pode ser possível evitar a presente ameaça de catástrofe16.
Assim vocês se salvarão de um castigo de enormes sofrimentos.
Não será na morte que esse castigo virá. Ele será experimentado ainda nesta vida.
Desejo que essas mães façam isto e salvem o Dharma deste perigo atual, encaminhando suas vidas no Suddha Dharma17.
Essa é a questão.
OM-TAT-SAT
SRI JANARDANA.
NOTAS DE RODAPÉ
1 - Nota do tradutor: as notas de rodapé darão ao leitor a melhor tradução encontrada para o entendimento do significado dos termos citados em sânscrito pelo autor e outras considerações complementares inerentes à compreensão do delicado tema tratado por Sri Janardana, nestes escritos. Recomendamos ao leitor que queira se aprofundar neste e em outros pontos dos conhecimentos transmitidos por Sri Janardana, a leitura da “Obra completa traduzida do texto original do Srimad Bhagavad Gita” com outros artigos complementares e editado em 2002 em português por Haydeé Toriño Wilmer. (florsíEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.).
2 - O termo “ASURA” (do Sânscrito) pode ser traduzido por “natureza inferior”. Os asuras são seres de natureza inferior, que em algumas religiões são chamados de seres demoníacos. “Forças Asúricas”, portanto, são forças inferiores que impelem o homem à escravidão da Matéria através do orgulho, da arrogância, da vaidade, da cólera, da crueldade e do desconhecimento da existência do ATMA (Atma é a Alma Suprema do Universo e que se individualiza manifestando a Si mesma no coração de cada ser como o “Divino Princípio da Vida” ou “Divina Presença Eu Sou”). Apesar da natureza demoníaca destes seres (os asuras), eles desempenham um papel importante no processo evolutivo mundial, atuando através da energia infernal ou inferior, no cumprimento do Plano Divino uma vez que a energia da manifestação se apresenta, respectivamente, infernal (negativa) e divina (positiva).
3 - Devi ou Daiva – é a natureza superior ou celestial. Forças Dévicas ou Daivicas podem ser traduzidas por “Forças da Divindade” ou por “Providência Divina” ou por “Decreto Divino”. No homem, as Forças Dévicas se apresentam como um conjunto de oito qualidades Átmicas (do ATMA) que são: amplitude de visão, ausência de orgulho, inofensividade, tolerância, retidão, pureza (de corpo, mente e coração), firmeza e ausência de egoísmo (ou desejo verdadeiro de felicidade e bem aventurança para todos os seres). São estas forças de natureza divina ou superior que levam o ser humano à sua libertação.
4 - Bhava é a correta atuação nas ações necessárias, não só no mundo mas também quanto ao cuidado com nosso corpo físico, sendo asura-bhava qualidades demoníacas e devi-bhava qualidades de natureza divina. Os “ASURA-BHAVA” são buscadores de satisfações e prazeres imediatistas, com fins meramente pessoais e egoístas. Não há pureza e nem veracidade em sua atuação. Além de extremamente egoístas, são insolentes, separatistas e de conduta violenta. São de natureza malévola, manipuladores e falsos, de espírito destruidor e sua ação no planeta retarda todo o processo evolutivo planetário.
“DEVI-BHAVA” é a mais elevada natureza alcançável pelo ser humano em sua evolução individual. Para alcançá-la são apontadas, para o florescimento ou processo de aperfeiçoamento da natureza humana, no SRIMAD BHAGAVAD GITA, capítulos V e VIII respectivamente, 26 qualidades. O cultivo das mesmas leva o homem a sintonizar em si mesmo o mais elevado estado de consciência possível. Alcançado este estado de consciência superior a pessoa vence a escravidão causada pelos atributos da Matéria (GUNAS) através do florescer ou transcender do Espírito sobre a Matéria. Este estado de total e liberta CONSCIÊNCIA é a maior meta de todos os seres e os conduz a Suprema Realização.
5 - Encarnações Avatarapurushas são nascimentos em nosso planeta de seres de alto grau de evolução espiritual, e que nascem com uma Personalidade ou Presença já pura e santa. Estas Encarnações Divinas vêm ao planeta para desempenhar uma missão determinada pelo “Senhor” de acordo com a necessidade e urgência da intervenção divina direta no campo físico denso do planeta . Os Avatares são enviados ou “descensos” (descidos) ao Planeta para desempenhar uma Missão determinada pelo Senhor (Cristo). Será publicado no próximo mês de maio de 2005 no “Ecos da Síntese” um artigo sobre esse assunto. Para o momento sugerimos ao leitor a reflexão sobre o capítulo III da Bhagavad Gita: “Avatara Dharma Gita”.
6 - PRAVRITI – caminho externo objetivo ou exteriorização. É o caminho de ida (para fora) em contraposição ao caminho de regresso ou caminho da interiorização (para dentro) ou caminho subjetivo. O caminho interno ou NIVRITTI é o da cessação da atividade no sentido de REPOUSO, pausa, renúncia. É a abstenção das ações incorretas (Capítulo XXIV do Gita) o caminho externo ou PRAVRITI é necessário no processo da evolução pois para haver EQUILÍBRIO (na natureza e em nós) há de haver períodos de atividade intercalados a períodos de repouso. Assim nós humanos devemos conhecer, observar, entender e manifestar a seu tempo os dois caminhos (Pravriti e Nivritti) cultivando na prática do cotidiano o cuidadoso discernimento de quando agir ou quando parar (repousar imerso no silêncio do nosso ser interno).
7 - Esta sublime e magnífica revelação autorizada da Bhavagad Gita, a que se refere o autor foi publicada em sânscrito em 1917, pelo Dr. Sri S. Subrahmanya Iyer e pelo Pandit K,T, Srinivasa Chariar (ambos já falecidos). Os manuscritos desta publicação inédita da Gita foram confiados a Sri Subrahmanya, em 1915 por uma misteriosa e até então desconhecida Hierarquia de Seres que dirigem os destinos da humanidade. Estes Hierarcas pertencem a um “Círculo de Mestres” que preserva a Lei Transcendente ou Lei Pura. Eles guardaram em seus arquivos do “Suddha-Kosha”, em uma grande gruta ao norte da Índia, conhecida por poucos entre os homens, vários outros trabalhos filosóficos que também foram publicados no início do século passado e que agora passaremos a republicar em português, em números subseqüentes do “Ecos da Síntese”. A revelação deste Gita e de outros ensinamentos desta Hierarquia para o planeta foi traduzida por R.Vasudeva Row do sânscrito para o inglês de textos originais cedidos pelos Mestres da referida Hierarquia. Sri Janardana, autor do texto “Dharma em Perigo” foi seu assistente nesta tradução para o inglês e posteriormente foi editor desta publicação do Gita em inglês. A Sri Janardana e posteriormente a outros “iniciados” do Suddha Dharma Mandalam foi confiado a difícil missão de revelar ao mundo estas novas concepções. Por isto os direitos da tradução para o espanhol foram cedidos a Sri Vajra Yogue Dasa (já falecido) que confiou a Gnana-Dathas e Emissários esta missão, no território brasileiro.
8 - Dharma ou “Lei Transcendente” é a Lei da Vida: é Justiça, Dever, Desígnio Divino. É a Lei inexorável do funcionamento sistêmico da vida planetária e universal. Entende-se também por “Dharma” a “Natureza Interna do Ser” que se manifesta em cada ser humano de acordo com seu grau de evolução. Maiores esclarecimentos sobre “Dharma” podem ser obtidos no Livro DHARMA de Annie Besant da Editora Pensamento.
9 - Nota do tradutor - lembramos ao leitor que Sri Janardana escreveu este artigo na primeira metade do século passado. Mais de 50 anos depois, no início do nosso século há, entre os cientistas, alguns homens de grande visão e que estão difundindo no meio erudito e acadêmico e para o público em geral suas inusitadas descobertas: eles fazem um paralelo entre as leis místicas e esotéricas e as leis da Física Quântica e de outras ciências exatas. Sugerimos a leitura de obras dos seguintes cientistas de nossos tempos. Fritjof Capra em seus livros: “Pertencendo ao Universo”, “O Ponto de Mutação” “O Tao da Física” e “A Teia da Vida”. Rupert Sheldrake em seu livro “Sete Experimentos que Podem Mudar o Mundo”. Ken Wilker em seu livro “Espectro da Consciência”. John D. Barrow em seu livro “A Origem do Universo”. Deepak Chopra em seus livros “Conversando com Deus” e “As Sete Leis Espirituais do Sucesso”. Renée Weber em seu livro “Diálogos com Cientistas e Sábios”.
10 - O termo assudha do sânscrito pode ser traduzido e melhor explicado em português por: “não puro, impuro, sem a pureza original, sem a formatação de origem, fora do padrão da fórmula original ou da “forma matriz”; pode ainda ser traduzido como contaminado, corrompido, distorcido.
11 - O autor se refere aqui aos anciões desta Augusta Hierarquia Oculta citados no rodapé(7) deste texto. Sobre os SAMSKARAS ou Ritos Sacramentais será oportunamente reeditado um trecho específico do “Sanatana Dharma Gita” que trata desse assunto.
12 - O corpo físico do homem já nasce sem a pureza original, fora do padrão da fórmula original, sem a formatação da origem; o homem nasce portanto com o corpo contaminado, corrompido, com o corpo impuro.
13 - Nota do Tradutor: o autor refere-se aqui ao tipo de educação que, de maneira inequívoca e pautada no respeito ao Dharma e no conhecimento da Ciência Sintética do Absoluto (Yoga Brahma Vidia) “corrige” ou “re-alinha” esta contaminação, incorreção ou desvio do padrão original (impureza original) e que no ser humano é inata. Este desvio do padrão original é fruto de funcionamentos não pautados pelo Dharma na vida de raças anteriores (ancestrais). Esta educação leva pois à purificação (ajuste ao padrão original) do novo ser humano, porém ela se torna mais eficaz quando os pais já estão previamente re-alinhados ao padrão original, ou seja, já processaram em si mesmos esta correção (purificação) antes mesmo da concepção da criança. Isto não significa que a purificação não possa ocorrer para filhos de pais não purificados, mas, nestas situações são requeridas outras medidas ou intervenções específicas a cada família e a cada situação.
14 - Em nossa Era.
15 - Ver a Nota dos Editores de “Ecos da Síntese” no início deste texto.
16 - Que as mulheres de todas as raças se recusem a serem mães de crianças “asúricas”.
17 - Dentro dos preceitos da Lei Universal.