Um dos maiores inimigos da felicidade do homem é o comodismo.“Tá ruim, mas tá bom”. Esta é uma frase popular e típica de uma pessoa acomodada. Sabe que poderia estar melhor, mas se contenta com a situação em que vive. Para o acomodado tanto faz como tanto fez. Faltam-lhe coragem e força de vontade para sair da situação que está.
O acomodado não usufrui o que Deus tem de melhor para a sua vida. A acomodação impede o homem de avançar, de ir além. Deus não é acomodado. Em toda a Bíblia encontramos um Deus motivador, um Deus que sempre quer mais para os seus filhos – abundantemente mais. Prova disso é que a Palavra de Deus nos afirma que os pensamentos do nosso Deus são sempre maiores do que os nossos (Is.55.8-9). O acomodado até sonha em crescer, mas não sai do lugar, não decola, não faz nada para que os seus sonhos se realizem. Não corre atrás, não busca o melhor para a sua vida. “Desse jeito está bom”, dizem alguns, numa autêntica “normose”. Ser vencedor é sair do estado de acomodação. É ser visionário. É sempre pensar em algo novo e diferente para a sua vida. É sair da rotina. É sonhar os sonhos e permitir que o Senhor os realize em sua vida. Para se alcançar o sucesso, é necessário, muitas vezes, sair do conforto de casa, da comodidade do dia a dia e enfrentar a batalha. Passar por chuvas, tempestades, ventos fortes, sentir frio ou calor intenso, mas uma coisa é certa: ser mais do que vencedor! O esforço nunca será em vão, já a comodidade sim. Quanta gente quer crescer, ficar rico, ser feliz, mas não assume o que faz, não quer sair da acomodação! Quer, quer, mas não tem coragem para ter atitude, prefere esperar que as coisas cheguem por meios mágicos ou como popularmente se diz que caiam do céu.
Leva uma vida morna, sem muita emoção, como se tivesse medo de mostrar o que pensa e o que sente, numa crônica indiferença para com as realidades espirituais.
Quando Jesus estava visitando a cidade de Laodicéia, na Turquia, que se destacava pelas águas mornas que faziam vomitar a muitas das pessoas que a bebiam, Ele comparou a Igreja daquele lugar à sua água: morna, e disse-lhes: Conheço as tuas obras; nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Sendo morno, estou a ponto de vomitar-te da minha boca! É assim que devemos ser na vida: ou quentes ou frios, mas nunca mornos. Quem é morno: quem não se arrisca, não faz o que seu coração pede, quem tem medo de errar, de fracassar. Pessoas acomodadas são mornas, normóticas. Defina o que quer e vá nesta direção: tente, erre, fracasse, caia e levante-se se for preciso, atreva-se! Mas não fique aí parado, esperando que alguém lhe dê as coisas, com medo de que falem de você, de que o critiquem. Não tenha medo do ridículo: seja você mesmo. Cada um é como é, nem melhor nem pior, cada um tem um jeito de ser. E a vida é a grande oportunidade que temos de mostrar o que somos, como somos; fazer a diferença. Não perca a maravilhosa oportunidade de estar vivo. De fazer parte quente ou fria, mas nunca morna, da história. Lute, trabalhe, falhe, acerte, vibre! Mas não jogue fora sua vida perdendo a extraordinária passagem pela Terra. Não se arrependa de ter vivido! Sinta em suas mãos as possibilidades e as oportunidades e faça uso de ambas; pare somente para pensar qual o caminho que escolherá, mas somente para isso.
O tempo é curto! Há urgência interior em todos! Construa, crie, invente, vibre, ria e chore, seja você mesmo! Pare de olhar para a vida alheia como se fosse 'o' crítico especial da obra dos outros, e olhe para dentro de você mesmo. Não seja o comentarista do bairro, do prédio; o espectador das coisas. Seja o protagonista da sua vida! Não diga o que faria se tivesse dinheiro ou tempo, mas faça o que pode com o que tem. Defina-se! É muito melhor errar por fazer coisas, ser criticado por tentar, perder até e ter coragem de se levantar, do que ficar acomodado apontando para todos Eu não disse? Quando alguém falha! Tome consciência do seu poder, não cause vômitos nos outros: ou quente ou frio, mas morno JAMAIS! Não seja como o homem que caminhava por uma estrada deserta e começou a sentir fome. Não estava prevenido, pois não sabia que a distância que ia percorrer era longa. Começou a prestar atenção na vegetação ao longo do caminho, na tentativa de encontrar alguma coisa para acalmar o estômago. De repente notou que havia frutos maduros e suculentos em uma árvore. Aproximou-se, mas logo desanimou, pois a árvore era muito alta e os frutos inacessíveis. Continuou andando e foi vencido pela fome e o cansaço. Sentou-se na beira do caminho e ficou ali lamentando a sorte. Não demorou muito e ele avistou outro viajante que vinha pelo mesmo caminho. Quando o viajante se aproximou o homem notou que ele estava comendo os frutos saborosos que não pudera alcançar e lhe perguntou:- Amigo, belo fruto você encontrou.
E respondeu o viajante. Eu o encontrei no caminho, a natureza é pródiga em frutos suculentos.
- Mas você tem a pele machucada, observou o homem. Ah mas isso não é nada! São apenas alguns
arranhões que ficaram pelo esforço que fiz ao subir na árvore para colher os frutos. E o homem, agora com mais fome ainda, ficou sentado resmungando de estômago vazio, enquanto o outro viajante seguiu em frente. Por vezes a escalada é árdua, exaustiva, solitária. Mas é preciso fazer esforços para alcançar o fruto desejado, principalmente em se tratando dos frutos que saciam a sede da alma, Jesus ensinou: batei , e a porta se abrirá. Mas os passos até chegar à porta e o esforço por bater, são necessários.
Buscai e achareis. Outra recomendação na qual está contida a ação necessária. Buscar é movimento, é esforço por bater, é ação. Seria diferente se Jesus tivesse dito : espere passivamente que a porta de abrirá, ou, fique aí parado que o que deseja chegará até você. No entanto, é preciso saber o que se busca e por qual porta desejamos entrar. Ainda aí nossa escolha é totalmente livre. Nossa vontade é que nos conduzirá aonde queremos chegar.
Sendo assim, façamos a nossa escolha e optemos por chegar bem.
Deus dá asas a todos os pássaros, mas enquanto as andorinhas voam em busca dos climas primaveris e os colibris descobrem novas flores, os abutres farejam a morte para alimentar-se com os restos dos animais vencidos.