Falar através de metáforas facilita a comunicação da mensagem e, oferece a oportunidade para que cada pessoa interprete a história a partir das ferramentas que dispõe.
Então vamos falar sobre um tema que, certamente, muitos já conhecem: a analogia que há entre a vida e trilhar um caminho, observar nosso próprio percurso... olhar e tentar entender os desafios, as derrotas, as vitórias; nossas e de todos a nossa volta.
Qualquer início de caminhada gera medo, ansiedade, preocupação: um novo emprego, um novo relacionamento, uma proposta de viagem, a espera de um bebê, a perda de alguém que amamos...
Talvez o primeiro pensamento seja: “eu mereço ter que enfrentar isso? Estou preparado para enfrentar esse novo desafio? Sempre fiz tudo certo e, de repente “‘uma tal coisa” acontece... E assim, com mais ou menos coragem e fé vamos vivendo e construindo nosso próprio caminho, nossa trilha que, certamente, pode servir de exemplo para outros – sobre como fazer uma “tal” coisa ou não faze-la.
Para ajudar-nos a escolher o caminho certo a trilhar, nos deparamos com os textos sagrados de todas as religiões. Eles, como um compêndio imenso e profundo da vida dos homens em busca de Deus, vão nos dando os exemplos que o inconsciente coletivo e a história dos homens em seu retorno a Deus, coletaram para nos servir de guia.
“Portanto o Bhagavad-Shastra é a autoridade que te indica quais ações deves realizar (pravritti) e quais não deves praticar (nivritti). Conhecendo a palavra revelada do Shastra, estás apto para empenhar-te no processo do mundo (samsara)." (Bhagavad-Gita VIII: 25)
“Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." (II Timóteo 3:16-17)
A Bíblia nos conta muitas histórias de homens e mulheres que podem nos inspirar a realizar o caminho que a nós foi proposto nesta vida, e a entender como os processos divinos se encarregam de colocar a nossa frente, os ensinamentos e escolhas que precisamos ter e fazer, para que em nós se faça a vontade do Grande Espírito Universal.
Um destes personagens é José, o décimo primeiro filho de Jacó, nada mais, nada menos do que um dos 12 irmãos que juntos formaram as 12 tribos que deram início ao povo de Israel.
Ele ficou conhecido como José do Egito e sua história é contada no livro de Gênesis, do capítulo 37 ao 50.
Aos 17 anos, filho da velhice de Jacó, era por ele muito amado, o que causava ciúmes em seus irmãos. Estes, não tinham para com ele nenhuma paciência e sempre implicavam e brigavam ao lhe dirigir qualquer palavra. José era o depositário de todos os mimos de seu pai. Ele até lhe deu uma túnica colorida, aumentando a discórdia entre os irmãos. Talvez o que, nos dias de hoje, corresponderia a uma roupa de grife famosa, um celular caríssimo ou coisa equivalente. O fato é que cada vez mais era invejado.
Tudo vem ao limite nesta relação entre irmãos quando José tem uma sequência de sonhos. Primeiro ele estava nos campos com os irmãos, todos cortando e atando feixes de algum cereal, quando o feixe que ele fizera se levantava e todos os outros feixes de seus irmãos o rodeavam e se inclinavam ao dele. Não é preciso dizer o quanto os irmãos ficaram indignados...
“Tu pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós?”
O outro sonho foi ainda mais contundente: sonhou que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam a ele. E novamente contou isto na frente dos pais e dos irmãos. E desta até seu pai se indignou e o repreendeu dizendo:
“Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos, eu e tua mãe, e teus irmãos, a inclinar-nos perante ti em terra?”
O resultado disto foi tanta inveja, que seus irmãos conspiravam entre si para o matar.
Um dia estavam os irmãos trabalhando no campo e Jacó, seu pai, o manda para saber notícias sobre eles e o rebanho. Aparece então a oportunidade esperada para que pudessem se livrar de José sem por isto serem culpados. Diriam ao pai que ele tinha se perdido, que algo tenebroso tinha acontecido e estariam livres de culpa. Então o prenderam e o jogaram num buraco, antes disso lhe tirando a túnica colorida. Ruben, o irmão mais velho, não querendo sobre si a culpa da morte de seu irmão, lhes impede de o matar. É quando Judá tem a excelente ideia de vende-lo como escravo. E apesar do choro e das súplicas, ele é vendido por 20 moedas de prata. Rasgam e sujam sua túnica de sangue e a mostram a seu pai quando retornam, e este se desespera.
José é revendido no Egito para um funcionário do Faraó de nome Potifar. Ele começa a trabalhar para seu mestre e tudo que ele faz prospera. Potifar começa a observar isto e a lhe atribuir mais e mais afazeres de forma que, em pouco tempo, José era o administrador da casa e dos campos de Potifar, que entregou tudo em suas mãos a ponto de não saber mais nada além do pão de cada dia. E tudo que José tocava prosperava porque Deus amava José.
Acontece que a mulher de Potifar começou a se interessar pelo rapaz que estava por volta dos vinte e poucos anos, um homem bonito e jovem... E começou a tentar seduzi-lo. E José sempre fugia destes encontros, sempre dizendo a ela que não poderia trair a confiança de seu senhor. A mulher de Potifar, não satisfeita com suas evasivas, lhe arma uma emboscada: manda todos saírem da casa e tenta agarrá-lo pela túnica, que prontamente ele despe e sai correndo, deixando-a com a roupa nas mãos. Enfurecida ela grita e espalha para toda a gente que José tinha tentado atacá-la e só não foi bem-sucedido porque ela gritara.
O resultado disto é que Potifar, ouvindo este relato da própria esposa, se enche de ira contra José e o manda para a cadeia.
E agora José é um preso, mas cai nas graças do carcereiro que, à semelhança de Potifar, começa a lhe entregar a administração da cadeia de forma que, em pouco tempo, José é o segundo em comando, e tudo no cárcere prospera.
Então, dois criados do Faraó são presos: o padeiro e o copeiro real. E numa determinada noite ambos sonham e se inquietam com o sonho que tiveram, sem saber o que isto representaria para suas vidas. Pela manhã, José nota os dois tristes e pergunta o que houve. Os dois revelam que sonharam e não há quem possa traduzir o sonho para eles. José responde:
“Não são de Deus as interpretações? Contai-mo, peço-vos”
O copeiro sonhou que na sua frente brotava uma videira e três ramos apareciam e deles brotavam cachos de uva que ele prontamente espremia na taça do Faraó e lhe dava para beber. O padeiro sonhou que três cestos brancos estavam sobre a sua cabeça, e dentro do mais alto todas as iguarias e manjares do Faraó, e as aves as comiam.
Para o copeiro José previu que em três dias ele seria solto e novamente serviria a taça real ao Faraó e pediu-lhe que quando isto acontecesse, o copeiro se lembrasse dele que estava preso e o ajudasse a sair dali. Infelizmente, ao padeiro, teve que contar que em três dias ele seria enforcado. Assim aconteceu. Mas o copeiro se esqueceu da promessa feita a José e não lembrou dele.
Um menino com 17 anos, feliz com seu pai que lhe adora e lhe dá presentes. De repente seus irmãos cogitam lhe matar, é vendido por eles como escravo, vai para uma terra estranha, com gente de hábitos diferentes e que não lhe tem qualquer sentimento... Um moço viril, jovem e trabalhador, perseguido pela mulher bonita e rica de seu senhor, mantendo sua honra intacta, é caluniado e jogado na prisão... esquecido por todos por longos anos em seu cárcere. Dos 17 aos 30 anos José “come o pão que o diabo amassou”.
É quando o Faraó tem uma sequência de sonhos. Ninguém, dentre os sábios e adivinhos é capaz de lhe interpretar o sonhado. É quando o copeiro depois de dois anos transcorridos desde que saiu da prisão, se lembra de José e fala ao Faraó sobre o sonho que ele interpretou. Faraó manda buscá-lo. Rapidamente tiram-no da cova, barbeia-se, ganha uma nova roupa e vai ao encontro do Faraó que lhe diz:
“Eu sonhei um sonho, e ninguém há que o interprete, mas de ti ouvi dizer que quando ouves um sonho o interpretas.”
E José Responde:
“Isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó”.
Então Faraó conta seus famosos sonhos: sete vacas gordas e depois sete vacas magras que comem as gordas; sete espigas de milho cheias e boas e sete espigas miúdas e queimadas que devoram as grandes e cheias. José então prevê sete anos de fartura e sete anos subsequentes de seca não só no Egito, mas em todas as terras. Explica ao Faraó que ele vai precisar de muita organização, planejamento, trabalho intenso e ótimos administradores para garantir comida para o Egito nos sete anos de seca que estariam por vir. O resultado desta conversa: Faraó, imediatamente, coloca José como segundo em comando, responsável por todo o Egito, funcionário que apenas ao Faraó prestará contas.
“Disse Faraó a José: pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há de tão entendido e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo; somente no trono eu serei maior que tu.
E tirou o Faraó o anel de sua mão e o pôs na mão de José, e o fez vestir de vestidos de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço, e o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai. Assim o pôs sobre toda a terra do Egito.
E disse Faraó a José: Eu sou Faraó; porém sem ti ninguém levantará a sua mão ou o seu pé em toda a terra do Egito.”
E assim aconteceu: iniciou-se a época de fartura (os sete anos gordos) José construiu celeiros, estocou mantimentos, administrou terras e fez o Egito prosperar.
“Assim ajuntou José muitíssimo trigo, como a areia do mar, até que cessou de contar; porquanto não havia numeração”.
E então começam os sete anos de fome e em todas as terras não havia o que comer, mas no Egito havia pão. De tal forma, que todas as outras terras vinham agora até José para comprar trigo. É neste período, mais precisamente aos dois anos de início das “vacas magras” que Jacó envia seus filhos para comprar trigo no Egito.
José está nos seus 40 anos quando seus irmãos chegam até ele, não o reconhecem e:
“...inclinaram-se ante ele com a face na terra”.
Lembram do primeiro sonho do adolescente? Aquele onde os feixes de cereais dos irmãos no campo se inclinam ante o feixe que José tinha feito?
José os reconhece e os trata asperamente. Desconfia deles, acusa-os de serem espiões, questiona-os sobre quem são.
Os irmãos, apavorados, contam que são 12 irmãos e que um dos doze morreu e que o mais novo, Benjamim, ficou em casa com o pai. José não lhes dá crédito. Manda prender os 10 por três dias. Ao final deste tempo, manda busca-los e lhes diz que para que acreditar que sejam pessoas retas, do bem, que deixem um dos irmãos sob custódia e busquem o mais novo para que José o possa ver.
E eles apavorados, pois sabem que o pai Jacó não deixará Benjamim longe de seus olhos, começam a falar em hebraico, não sabendo que José os entendia. Eles se culpam e percebem que o tormento pelo qual estão passando é o resultado do crime cometido contra seu irmão, 23 anos antes. José, abalado, sai da sala para chorar. Quando volta, amarra Simeão e despacha os outros e lhes diz que só voltem com Benjamim.
Chegando em casa, eles contam ao pai o que aconteceu, e como previram, Jacó não deixa que levem Benjamim. Ao abrir os sacos com o trigo comprado, percebem que o dinheiro que tinham dado como pagamento estava todo lá (pois José assim ordenara que fosse feito). Eles então, junto com seu pai, se apavoram.
Mas a fome era gravíssima em toda a terra, o trigo que tinham trazido do Egito acaba e jacó os manda buscar mais. Eles, com medo, negam-se a ir.
"Então disse Judá a Israel, seu pai: Envia o mancebo comigo, e levantar-nos-emos, e iremos, para que vivamos, e não morramos, nem nós, nem tu, nem os vossos filhos. Eu serei fiador por ele, da minha mão o requererás; se eu não to trouxer, e não o puser perante a tua face, serei réu de crime para contigo para sempre."
Jacó (ou Israel) aceita então o destino traçado e cede. Manda que levem o dobro do dinheiro e mais aquele que tinha sido restituído por José. Envia também, como presente, bálsamo, mirra, especiarias e mel, terebinto e amêndoas, todas as coisas dentre as mais preciosas que existiam na terra de Canaã e também a Benjamim.
"E Deus Todo-poderoso vos dê misericórdia diante do varão, para que deixe vir convosco vosso outro irmão e Benjamim; e eu, se for desfilhado, desfilhado ficarei."
José, ao ver Benjamim, manda que sirvam um banquete em sua casa e seus servos levam todos para lá. Novamente eles ficam temerosos. Lá se reúnem a Simeão e, ao meio-dia, quando José chega em casa, eles lhes dão os presentes de seu pai. José pergunta então se o pai ainda vive e como está.
"E eles disseram: Bem está o teu servo, nosso pai vive ainda. E abaixaram a cabeça, e inclinaram-se. E ele levantou os seus olhos, e viu Benjamim, seu irmão, filho de sua mãe, e disse: Este é vosso irmão mais novo de quem me falaste? Depois ele disse: Deus te abençoe, meu filho.
E José apressou-se, porque as suas entranhas moveram-se para o seu irmão, e procurou onde chorar, e entrou na câmara e chorou ali. Depois lavou o seu rosto, e saiu; e conteve-se, e disse: Ponde pão."
José, após despedir-se deles, arma uma cilada na qual sua taça de prata é encontrada nas coisas de Benjamim quando eles já estavam a meio caminho de casa. Todos se desesperam. Benjamim é levado até José que o requer como escravo e dá a liberdade aos outros irmãos. Mais desespero. Como voltar sem Benjamim?
É quando Judá (aquele que teve a brilhante idéia de vender José), culmina os pedidos de misericórdia de todos, propondo trocar de lugar com Benjamim.
"Agora pois, indo eu a teu servo meu pai, e o moço não indo conosco, como a sua alma está atada com a alma dele, acontecerá que, vendo ele que o moço ali não está, morrerá; e teus servos farão descer as cãs de seu servo, nosso pai, com tristeza à sepultura.
Porque teu servo se deu por fiador por este moço para com meu pai, dizendo: se não to tornar, eu serei culpado a meu pai todos os dias.
Agora, pois, fique teu servo em lugar deste moço por escravo de meu senhor, e que suba o moço com os seus irmãos.
Porque como subirei eu a meu pai, se o moço não for comigo? Para que não veja eu o mal que sobrevirá a meu pai."
José então, não se contém mais e, em meio a lágrimas, se revela aos irmãos.
"E levantou a sua voz com choro, de maneira que os egípcios o ouviam, e a casa de Faraó o ouviu.
E disse José a seus irmãos: Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não lhe puderam responder, porque estavam pasmados diante de sua face.
E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então disse ele: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito.
Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida Deus me enviou diante da vossa face.
Porque já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega.
Pelo que Deus me enviou diante da vossa face, para conservar vossa sucessão na terra, e pra guardar-vos em vida por um grande livramento.
Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito."
O restante da história conta como José manda chamar toda a família para morar com ele no Egito, para que ele possa mantê-los. Seu reencontro com seu pai e a fartura que pôde proporcionar a sua família. As 12 tribos de Israel foram salvas porque José, ao invés de desesperar-se com toda a desgraça que lhe aconteceu na vida, soube aceitar os desígnios de Deus, sem questionar as tragédias pelas quais passava, tudo aceitando e mantendo-se em total retidão perante Deus e todos os homens.
Muitas são as lições que podemos tirar do relato da vida de José e este é o maior deles: aceitou aquilo que lhe vinha, sem saber porque aquilo lhe vinha. Somente quando seu irmão Jacó resolve trocar de lugar com Benjamim é que ele tem certeza e entende os planos de Deus para ele e para os irmãos. Durante, mais ou menos 30 anos de sua vida, ele não sabia o porquê, mas esperou, confiou e viveu o melhor que pôde.
Outra lição: não culpou seus irmãos. Coisa impressionante! Por qualquer ninharia somos propensos a abandonar, desconfiar e nunca mais perdoar quem nos fez “mal”. Que sabemos nós sobre nosso destino? Como julgar quem quer que seja e o que quer que faça sem cair no erro tolo de não aceitar as lições que nos cabe aprender? José testa a lealdade de seus irmãos para com o irmão mais moço (provavelmente muito mais amado pelo pai do que foi o próprio José), e aquele que teve a idéia de o vender foi o mesmo que se propôs tomar o lugar do irmão como escravo. Jacó também aprendeu sua lição.
José, durante todos os episódios que marcaram sua vida, começa uma nova fase trocando suas vestes: uma veste colorida dada pelo pai e que foi rasgada pelos irmãos; uma túnica que fica nas mãos da esposa de Potifar, seu dono; uma nova roupa quando vai ao encontro do faraó; uma veste toda branca dada a ele pelo próprio faraó. José vai mudando suas vestes a medida que dá mais um passo reto na direção daquilo que Deus lhe manda. Precisamos, assim como José, deixar nossas “roupas velhas” de lado e ir em busca das roupas incorruptíveis que só uma alma que confia pode obter.
Cada um escreve a própria história porque tem que ser assim. Cada ser vem a esta vida para viver suas próprias experiências. Então, existe um caminho certo? Qual seria o melhor caminho? Alguém pode nos ensinar qual caminho é o certo? José podia, frente ao que lhe ocorria, escolher desistir e levar uma vida miserável. Não foi isso que aconteceu. Aquilo que ele não podia mudar foi apenas um detalhe (e que detalhe!), para que ele mantivesse sua vida em ordem, em paz e progredindo.
A Sudha Dharma nos ensina que “tudo é Deus, tudo vem de Deus e que tudo é necessário”. Sigamos, pois, o exemplo de José e tenhamos a coragem de agradecer aquilo que a vida nos apresenta para viver, seja uma coisa fácil ou a mais extremada dificuldade.
Aquele que não se regozija ao receber prazenteiros estímulos, nem se entristece com os que são desagradáveis e se mantém com firme discernimento e percepção espiritual, conhecendo Brahm, habita em Brahm. (Srimad Bhagavad Gita IV:14)
Por conseguinte, levanta-te a alcança a glória, derrota os inimigos e desfruta esplêndida soberania; eles já foram conquistados por Mim, ó tu Savyasachin, sê, portanto, meramente o agente externo. (Srimad Bhagavad Gita XII:31)
Qualquer pessoa que se dedique exclusivamente a Mim, entregando-Me os frutos e a si mesmo na culminação de cada ato, e assim se ocupe no processo do mundo, sem dúvida alguma Me alcançará. (Srimad Bhagavad Gita XVI:5)
Transcendendo a alegria e a dor, o lucro e a perda, a vitória e a derrota, prepara-te para a batalha; assim não ficarás escravizado nem pelo bem, nem pelo mal.
Ó Dhananjaya, renunciando a todo o apego faz tu todos os atos necessários ou legítimos, com o sintético entendimento, sem ser afetado pelo êxito ou o fracasso deles. Tal transcendência sobre o resultado da ação constitui karma-yoga. (XVIII:2,9)